Seropédica está a alguns meses de colocar algumas teses polêmicas em plena prova. E vai fazê-lo de maneira bem cara.
Tais teses dizem respeito ao tema transporte e política de uso do solo para a região.
O fato que vai por tais teses em prova é o funcionamento do Arco Rodoviário, esperado há anos, e uma das obras mais caras do nosso elenco de obras abusivamente caras.
A primeira tese é bem conhecida, a da Nova Dutra. A empresa, que para criar condições favoráveis para o Pedágio estendido, dizia que este faria diminuir o volume de tráfego da região, pois os motoristas queriam fugir do pedágio e enfrentavam a Av. Brasil e se submetiam ao padecimento de dezenas de quebra-molas.
Tese facilmente questionada com algumas semanas de contagem de veículos, prática esta que o poder público Seropedicense sempre fez vista grossa.
Existem evidências de que boa parte do tráfego experimentado há anos aqui deve-se ao crescimento da região e do Rio de Janeiro, principalmente na Zona Oeste. Se ela cresce, a região atrai tráfego. Logo, para qualquer motorista é mais fácil pegar a direção São Paulo a partir da BR 465.
A cidade paga e continuará pagando pela adesão indébita (será?) de nossos homens públicos à tese da CCR. Além disso, não vimos outra manifestação de outros atores da região, como as Associações.
A segunda tese é aquela que diz que temos problemas de mobilidade em Seropédica por causa do grande tráfego que por aqui passa. Ora, defendo sempre, temos problemas de mobilidade porque o tráfego para todas as vezes que uma ou mais pessoas quiserem cruzar a BR 465 de um lado pro outro, seja de carro, seja à pé. Se para um carro, param os outros. Até o pelotão de carros formado começar a dispersar-se, levam-se alguns preciosos minutos. Mas logo para novamente.
É que o que mais temos por aqui, do km 54 ao km 39, é gente cruzando a BR 465 em qualquer lugar e a qualquer hora do dia.
O Arco Rodoviário atrairá tráfego, sim, mas só aquele que vem do e vai para o Porto. Ainda não há ligação atraente para que aquele que vem da ou vai para a Zona Oeste do Rio entre no Arco Rodoviário. O que levaria aquelas pessoas irem até a Ilha da Madeira para pegar o Arco Rodoviário e rumarem para São Paulo? Sim, isso muda se tiver alguma entrada ligando a Rio Santos ao Arco Rodoviário perto da entrada do Chaperó. Teremos?
A terceira tese é a que defende que o crescimento de Seropédica seguirá o eixo do Arco Rodoviário, o que justificaria a manutenção desse crescimento doentio à beira da BR 465, sem que houvesse ação do poder público para levar o crescimento para o interior de bairros como o Boa Esperança e Fazenda Caxias ou como ocorre entre os bairros dos km 42 ao km 39.
Esta tese é polêmica demais, pois basta pegar o Arco Rodoviário para constatar que não há saídas para dentro de Seropédica. Se não há saídas hoje, elas podem vir futuramente? Sim, podem, mas qual será a política de uso da área lindeira ao Arco Rodoviário? O que a cidade tem de planejamento de transporte e de uso do solo para essas regiões lindeiras ao Arco Rodoviário? Onde estão esses projetos e como eles são publicizados para a população? Algo a ser descoberto.
Enquanto isso não for esclarecido, a atividade econômica que por ventura vier sediar-se à beira do Arco Rodoviário terá seu trânsito entrando ou saindo da BR 465 e passando por ela, fazendo com que a vida dessa cidade que padece à beira de uma rodovia fique ainda mais desqualificada.
Sim, a responsabilidade é do poder público seropedicense, não do Arco Rodoviário. Em relação aos temas mais agudos ou crônicos para a nossa cidade, o poder público seropedicense mostrou-se, historicamente, ora indiferente, ora omisso e sempre incompetente e bastante sensível aos interesses de outros atores envolvidos nessa questão.
(Ah, lembrando, como ficará a vida daqueles que saem dos km 49 para trás para entrar no km 52? Terão que parar o carro no meio da BR 465 e fazer a conversão? E o risco de acidentes? Serão estimulados/orientadors a pegar o Arco em direção a Japeri e nele fazer o retorno para entrar no km 52? Esperamos que não paguemos com vida a ausência de duplicação da BR 465)
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Concordo com você Marco!
ResponderExcluirIntegração e capilaridade são esquecidos: daqui a pouco vemos uma única comunicação não entre, mas pelas 2 rodovias...
Mas esta crítica a situação da BR465. Crateras piores que a superfície da lua. Semana passada um pobre indivíduo num momento de raiva espalha pneus e põe fogo, acreditando que resolveria o problema dos buracos...
Vamos pensar que existe um projeto de melhorias na BR 465 que esta na Superintendência Regional do DNIT no Rio.
Outro ponto, concorrência para melhorias (operação tapa-buracos) na mesma rodovia:
02/07/14 10:00 RJ
Abertura das
Propostas
(Comprasnet)
302/14-07
RDC Eletrônico - Obras de restauração da BR-465/RJ. TRECHO
Entr. BR-116/RJ – Entr. BR-101/RJ (B); SUBTRECHO Entr. BR-
116/RJ – Entr. BR-101/RJ (A); SEGMENTO Km 0,00 ao km 22,80;
EXTENSÂO 22,80 km.
- DOU 05/06/14
Em algusn momentos demora-se tanto tempo para duplicar uma rodovia, e quando a obra é finalizada, a demanda já aumentou tanto que deveria ser triplicada...rss